segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

American Horror Story? NÃO OBRIGADO.

Estava curioso quanto a esta série já que tantas pessoas falavam nela e parecia ser uma das "séries do momento".
Devo dizer que vi metade do primeiro episódio e depois de um gigantesco conjunto de random nonsenses dei por encerrando o meu interesse naquilo que concluo ser o lixo televisivo americano do momento.
Inicialmente, estanhei haver a referencia a um casal gay numa série que não é especifica para o público gay e o meu interesse ficou aguçado. Tendo em conta os dias que correrem, considero que é importante a presença de personagens com diferentes orientações sexuais nos vários conteúdos de entretenimento. O que ainda é raro de se ver...
Esta série de facto tinha um casal assim, mas "Deus nos livre" de colocar numa série para o público hetero, um casal gay socialmente adaptado. Sim porque eu depois fui ler tudo sobre estes dois personagens.
Logo para começar eles foram os antigos donos da casa assombrada e cliché dos clichés eram óptimos decoradores de interiores, segundo os outros personagens. Ah, mas esqueci-me de mencionar que quando a série começa, ambos já estão mortos. Sim, antes de começar a série os gays tinham sido violentamente assassinados sendo que um deles foi morto ao ser penetrado com um gigantesco ferro (WTF??????)
Como se este quadro não bastasse, mais tarde em flashbacks a série explora estes personagens e pelo que li eram um casal adepto de sadomasoquismo sendo que um deles traia o outro com muita frequência. Além do mais discutiam frequentemente por dinheiro e por essa razão os corpos deles foram colocados pelo assassino de forma a que a polícia pensasse que se tinham morto um ao outro...
A série insiste também na utilização de palavras com conotação homofóbica como "fags" e "homos"!!
Agora, a cereja no topo do bolo, também é abordado o tema tão polémico dos dias de hoje que é a adopção de crianças por pessoas do mesmo sexo. Pois é, o casal gay tenta a todo custo, por razões egoístas e maquiavélicas conseguir adoptar uma criança nem que tenha de a arrancar e roubar do ventre materno.... BRILHANTE!


Mas isto não é o que mais me chateou. O que mais me deixa os nervos em franja é que um dos gays é interpretado por um actor que gostava muito. Zachary Quinto é bem conhecido de todos os que seguiram a série Heroes ou viram o novo filme do Star Trek. Além disso, recentemente Zachary assumiu-se como homossexual e participou em várias campanhas de luta contra a homofobia e no projecto "It gets better"!
Só me pergunto, o que lhe terá passado pela cabeça para aceitar participar nesta porcaria e representar uma personagem que é um cliché homossexual de estereótipos negativos??

15 comentários:

um coelho disse...

Resposta fácil: o dinheiro. Já agora, obrigadinho por teres poupado o meu tempo! ;)

João Roque disse...

Eu séries, sou muito restritivo: além das históricas (não falho uma), só o "Six Feet Under", "Brothers and Sisters" e pouco mais...

LusoBoy disse...

Eu gosto bastante da série. Ao início só achava bizarro e não conseguia entender, agora estou sempre à espera do próximo episódio. Achei normalíssimo o casal gay ser assim até porque todas as famílias que passaram pela casa tinham sérios problemas, descriminação seria se com eles fosse diferente.

Frankenstakion disse...

Vou já procurar... Se o "meu" Zack está metido ao "barulho" tenho que ver essa série com urgência!
Abraço

Daniela disse...

Bem, tenho os episódios gravados mas mesmo assim quero ver, pelo menos o primeiro episódio.
E também gosto imenso do Zachary...

bjinho e depois deixo a minha opinião.

ψ Psimento ψ disse...

LusoBoy: Ninguém falou em discriminação, falou-se em estereótipos e falou-se na minha opinião de que o casal foi retratado sobe uma luz muito negativa. Há coisas neles que são mesmo de bradar as céus. Podiam ser uma família problemática sem serem A MAIS problemática e maquiavélica e vais-me desculpar mas matar um personagem gay com um gigantesco ferro enfiado tu sabes onde envia uma mensagem subliminar de muito mau tom...
Além do mais tendo em conta que é uma questão delicada no momento principalmente nos Estados Unidos onde muitos estados lutam pela legalização do casamento, este casal só valida a opinião que muita gente tem de que dois homens juntos nunca poderão ser uma família adaptada.
E já nem vou voltar a referir a situação da adopção porque acho que já ficou tudo dito.
Sou da opinião que para fazer o papel que foram fazer e tendo em conta o contexto sócio-cultural do momento, mais valia terem evitado colocar um casal do mesmo sexo se era para ter esta prestação.
Mas opiniões são isso mesmo...

Unknown disse...

Por acaso não me senti atingido. Até porque não há nenhuma relação perfeita na série, sendo todas retratadas com o lado pior do ser humano. Seja como for, tenho de concordar contigo: a série prometia muito mas desilude.

So disse...

Bem, para uma consumidora assídua de series nunca ter ouvido falar nesta deve dizer alguma coisa =P sinceramente não me parece mt interessante nem com gays nem sem eles... realmente se é como dizes não podia ser mais cliché (nem vou comentar aquilo do ferro pk eh simplesmente idiota, tanta forma de morrer...enfim)... mas não posso falar mt pk n sei nada do que estou a dizer =P

Rafeiro Perfumado disse...

Não foi o que lhe passou pela cabeça, foi o que lhe passou pela conta bancária. Abraço!

paulofski disse...

Não conheço a série. Nunca a vi. "Brothers and Sisters" está nas minhas favoritas.

Meia Noite e Um Quarto disse...

olha obrigado pela dica, andava curioso tb, é como dizes tem havido muito burburinho relativamente a esta série e este teu esclarecimento terminou com a minha curiosidade.

Theomentos disse...

Como resumiu o um coelho, dinheiro... é a única coisa tmb que me vem a cabeça, mesmo acho que ele deveria ter repensado, tem muitas coisas que o dinheiro não compra...
Realmente já temos problemas demais para andarem por aí a colocar somente estereótipos a nos representar. Aposto que poupaste o tempo de muita gnt com o teu post. Parabéns :D
Amo-teeeeeeeeeeee

Teté disse...

Ora aí está uma série que nunca vi... nem pretendo ver! Os americanos também têm séries muito más... :)

Beijocas!

Unknown disse...

As referências gays que esta série tem devem-se ao facto de o criador, Ryan Murphy, ser homossexual assumido e de fazer questão de ter presente nas "suas" séries os estes temas. Murphy é também o criador de "Glee" e da extinta "Nip/Tuck", realizou também em 2010 o filme "Comer Orar Amar" com Julia Roberts.
Sim, tens razão, este "American Horror Story", apesar de ter algumas coisas interessantes, é, em suma, decepcionante.

Anónimo disse...

vai tomar lá, se nao gosta da serie.