terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Indo

As malas estão à porta e eu estou pronto a iniciar a minha jornada. Estarei um mês e meio com o Theo para matarmos as saudades e já temos imensos planos. :)
Durante este período não terei muita disponibilidade para o blog mas sempre que poder venho cá dar noticias e quem sabe deixar umas fotos.
A todos vocês, um até breve.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Amigo e a Ex-Namorada

Todos os meus amigos próximos têm conhecimento, há vários anos, da minha orientação sexual e todos receberam a informação com alguma surpresa mas com o maior respeito e apoio. Fico até feliz por dizer que a minha amizade com cada um deles continua ainda hoje a evoluir no sentido de um maior companheirismo, proximidade e bom ambiente. Não sei se fui eu que tive sorte mas, a verdade é que me orgulho de ter o melhor grupo de amigos do mundo e posso dizer que são MUITOS e BONS.
Havia no entanto, duas pessoas do meu círculo próximo com quem tinha bastante receio de abordar o tema. Durante a minha adolescência tive várias namoradas e relações passageiras mas a L foi a primeira pessoa por quem me apaixonei verdadeiramente e namoramos durante 2 anos, entre os meus 17 e os meus 19 anos. E, ao contrário de todas as outras é alguém por quem nutro muita amizade e com quem ainda me encontro frequentemente. A outra pessoa é o N, o meu melhor amigo na altura do secundário. A verdade é que já tive para ter esta conversa com eles várias vezes porque são pessoas importantes na vida com quem gostaria de partilhar a minha sinceridade e aquilo que me faz feliz mas, tinha vários receios…
Conheci o N no secundário e rapidamente nos tornamos amigos. Chegamos mesmo a reprovar no mesmo ano e como também tínhamos matemática em atraso acabávamos sempre por ser os únicos da turma a ter de ficar na escola de tarde para ter a disciplina com uma turma do ano anterior. Éramos compinchas de brincadeiras e de saídas, colegas de carteira, sócios de falcatruas nos testes e fazíamos as aulas de educação física juntos até porque éramos quase os únicos rapazes. Ouvia por vezes as suas piadas relativamente ao tema da homossexualidade mas no fundo sabia que era mais uma questão do machismo típico da adolescência do que homofobia propriamente dita. No 12º ano, a L entrou na nossa turma, aproximamo-nos e pouco tempo depois estávamos a namorar. Alguns meses depois o N começou também uma relação com uma amiga nossa, a S. Relação essa que dura até aos dias de hoje para muita felicidade minha.
Eramos os Fantastic Four, fazíamos programas de fim-de-semana em conjunto, cinemas e mesmo férias de Verão e dávamo-nos todos extremamente bem sendo constantemente acompanhados por uma aura de boa disposição. Até que decidi terminar com a L, altura em que deixamos de estar todos juntos com tanta frequência até porque fomos todos para faculdades diferentes.
Recentemente a L, sabia que eu estava numa relação já há bastante tempo e quase sempre que nos encontrávamos mostrava interesse em saber quem era a pessoa. De minha parte, a verdade é que sabia que tinham sido dois anos importantes na nossa vida, sabia que ela tinha perdido a virgindade comigo e que isso é importante para uma rapariga. Como tal, tinha medo que de algum modo esta minha faceta, aos olhos dela, viesse a por em causa aquilo que eu sentia por ela na altura ou mesmo que desmoronasse as memorias que tinha de mim. Quando lhe contei ficou extremamente surpreendida, como era de esperar, mas não me pareceu de todo magoada. Falamos durante horas e ela apenas recriminou o facto de eu nunca lhe ter falado no assunto após tantos anos e fez imensas perguntas. Algumas delas francamente descabida para quem é licenciada numa área de saúde como por exemplo. “Mas… tens doenças?” ao que lhe respondi um indignado “Desculpa?? Não estou a ver o que é que uma coisa tem a ver com a outra!!!” . No fim marcamos encontrar-nos novamente no fim-de-semana juntamente com o N e a S.
Sempre admirei muito a S, é actualmente uma enfermeira e uma mulher extremamente inteligente e perspicaz e já em conversa lhe tinha dado umas dicas o que foi o suficiente para ela ter captado a informação já há alguns anos atrás. Contudo, nunca tínhamos falado directamente nisso. Deste modo, quando nesse fim-de-semana abri o jogo eles referiram que já tinham comentado sobre o assunto. Por seu lado, o N, admitiu que até aquele momento tinha estado numa argumentação interior em que um lado lhe dizia “Ele pode ser, isso justifica nós ainda não conhecermos a pessoa com quem ele namora” enquanto outro lado lhe dizia “Não é possível, não pode ser, já o conheço há tantos anos, sempre falamos de raparigas”. Admitiu também que compreendia o porque de nunca lhe ter falado no assunto e que provavelmente só mais recentemente é que construiu maturidade suficiente para encarar o tema com naturalidade.
De minha parte, foi um peso que me saiu de cima. Estava francamente cansado de desviar o assunto e de esconder uma parte importante da minha vida a três pessoas que fazem parte da minha história de uma maneira tão marcante. No fundo, a verdade, é que continuo a ser exactamente a mesma pessoa. Nem melhor nem pior e em nada influencia a minha personalidade ou me caracteriza. Não tenho mais receio…

domingo, 16 de janeiro de 2011

Sabertooth

Victor Creed é um assassino, violador e um sádico. Apesar de anteriormente ter sido uma criança calma e inofensiva, quando a sua mutação se começou a desenvolver os seus pais acorrentaram-no numa cave escura com medo que ele fosse o diabo encarnado. Alguns anos depois, quando se conseguiu libertar, o rapaz sucumbiu aos seus instintos animalescos e assassinou os pais. A partir dessa altura a sua sede de sangue nunca mais terminou…
Sabertooth é possivelmente tão velho como o Wolverine e os seus passados cruzaram-se diversas vezes tendo desenvolvido uma feroz animosidade entre si. Ambos são governados por um implacável instinto animalesco mas enquanto Wolverine tenta suprimir este factor, Victor aceita o seu com um prazer doentio.
Victor trabalha habitualmente como um mercenário recebendo dinheiro para matar pessoas o que lhe dá imenso prazer. Devido ao facto de nunca ter conseguido matar o próprio Wolverine, Victor procura matar ou ferir todos os que lhe são mais próximos. Sabertooth e Mystique são os pais de Graydon Creed, um humano com um profundo ódio a mutantes.
Quando Wolverine se juntou aos X-Men, Sabertooth tornou-se um feroz inimigo destes. Contudo, já foi aprisionado pela equipa diversas vezes e viu-se obrigado a lutar ao lado deles contra inimigos em comum. Obviamente que a sua intenção sempre foi salvar a própria pele e nunca ajudar os X-Men tendo mesmo ferido gravemente muitos membros da equipa e fugido quando a sua ajuda era mais necessária.
Recentemente, após vários anos e durante uma ferocíssima batalha, Wolverine conseguiu finalmente vencer o seu arqui-inimigo decapitando Sabertooth.
Poderes: Sabertoot possuiu uma enorme capacidade regenerativa que o recupera de qualquer ferimento e lhe atrasa o envelhecimento, um sistema imunitário imbatível, sentidos olfactivos e auditivos extremamente desenvolvidos. Tem ainda uns dentes extremamente afiados, uma agilidade impressionante e umas poderosas garras retrácteis.
Este personagem aparece no primeiro filme dos X-Men interpretado pelo Wrestler americano Tyler Mane. Estava com uma óptima caracterização mas esperava mais da sua personalidade forte, arrogante e de gozo. O personagem surge também no filme X-Men Origins: Wolverine. Neste filme achei que a caracterização não estava tão boa mas, Liev Schreiber, o actor que o interpreta, foi perfeito no papel, tal e qual como imagino que a personalidade dele seja. Além disso neste filme, teve um papel muito maior. Só não gostei que no filme tivessem feito dele um irmão do Wolverine quando na verdade os dois personagens não têm qualquer relação familiar apesar da semelhança nos poderes.
Pessoalmente acho-o um vilão excelente. Um dos mais terríveis, cruéis e sádicos vilões de sempre cuja sede de sangue nos deixa impressionado mesmo através da imagem de uma bd.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Uma História

Estou oficialmente de férias, agora é fazer os últimos preparativos para ir ter com o Theo. :)
Entretanto, quando estava a estudar para a última frequência deparei-me com um texto interessante sobre o construcionismo social. Curioso como de uma forma extremamente simples se pode resumir e explicar como se formaram definições, símbolos, representações, preconceitos, mitologias, moralismos e leis em qualquer cultura humana.


Imagine 2 sobreviventes de um desastre ecológico, que têm de se unir para formar uma nova sociedade. Imagine que são uma mulher e um homem de origens culturais muito diferentes. Mesmo que não partilhem a mesma linguagem, religião, ou pressuposições acerca de como o trabalho deve ser dividido, ou que papel terá o descanso, a partilha e a religiosidade na sociedade, para uma cultura se criar, os 2 terão de coordenar as suas actividades. À medida que o fazem, alguns hábitos e distinções irão ser criados: certas substâncias serão tratadas como comida, certos locais serão considerados ou tratados como abrigo, cada um começará a desenvolver determinadas actividades rotineiras e o mais certo será desenvolverem uma linguagem comum.
Entre os membros fundadores desta cultura, os hábitos serão flexíveis, quase metafóricos, porque eles serão capazes de se lembrar “Foi assim que decidimos isto.” ou “Resulta melhor se eu assumir este papel.” Continuarão a manter a consciência de que outras possibilidades existem. Para as crianças da geração seguinte, o “Foi assim que decidimos isto” torna-se num “Era assim que os mais velhos faziam”; para a terceira geração, transformar-se-á num “É assim que se faz.”; e, na quarta geração, transformar-se-á em “É assim que o mundo é; é assim a realidade.”

Adaptado de Freedman & Combs (1996)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Lady Mastermind

Regan Wyngrade é filha de um dos mais antigos inimigos dos X-Men, o há muito falecido Mastermind. Tem também uma meia-irmã que odeia profundamente e as duas apesar de muitas vezes acabarem nas mesmas equipas, estão constantemente a insultarem-se uma à outra. Tanto o pai como as filhas partilham exactamente os mesmos poderes e já combateram os X-Men em diversas ocasiões apresentando traços de sociopatia.
A certa altura, o Iceman e o Cannonball encontraram a Lady Mastermind aprisionada em estado de coma num laboratório de um grupo de cientistas que usava mutantes para efectuar experiências desumanas. Incapazes de a abandonar, os dois X-Men levaram a antiga inimiga para casa onde recebeu cuidados médicos. Depois de acordar, Regan manteve a sua atitude arrogante e fria apesar de ter ajudado os X-Men em diversas batalhas integrando-se numa equipa que na altura era liderada por Rogue que sempre duvidou da lealdade de Regan.
Mais tarde, como todos esperavam, Lady Mastermind acabou por trair os X-Men, juntamente com Mystique, juntando-se ambas uma equipa, os Marauders, que pretendiam obter a criança messias para os seus próprios desígnios de supremacia mutante. Depois dos Marauders terem sido derrotados, Regan integrou-se ainda numa equipa de mulheres mutantes, a Sisterhood of Mutants que mais uma vez tentou destruir os X-Men, continuando a usar o uniforme que estes lhe deram como se de um trofeu se tratasse.
Descobriu-se recentemente que existe também forte possibilidade de Lady Mastermind ser meia-irmã da jovem X-Men, Pixie.
Poderes: Esta mutante tem a capacidade de criar qualquer tipo de ilusão. Assim uma pessoa submetida aos seus poderes irá ver exactamente aquilo que Regan desejar que poderá ser um objecto, uma pessoa ou mesmo um cenário completo.
Esta personagem não aparece em nenhuma das adaptações ao cinema até ao momento. Pessoalmente não é personagem que eu goste minimamente. Além disso ela deve usar os poderes de formas muito peculiares. Reparem na foto a baixo, só ilusões é que podem justificar o súbito aumento dos airbags com que aparece às vezes!!! ;)


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Para Refletir:

“Tomorrow, When the War Began” de 2010 é um filme australiano baseado nos livros de John Marsden. É maioritariamente um filme de acção sobre 8 amigos que decidiram passar uns dias fora de casa na precisa altura que o seu país foi atacado por forças estrangeiras. Não estava muito expectante na altura em que li a descrição do filme mas a verdade é que gostei bastante. O filme consegue algo raro, que é desenvolver todas as personagens de forma a criar empatia nos espectadores para com cada uma delas. A verdade é que achava todos eles tão “reais” que passei o filme todo a torcer para que não morressem. É importante também salientar as reflexões que são feitas pelos personagens sobre “A Guerra”. Porque não sejamos inocentes, infelizmente “a guerra” faz parte do passado, do presente e do futuro da humanidade…





“Save Me” de 2007 é um verdadeiro “must see”. O filme retrata a vida num centro de “cura” para homossexuais nos EUA. Pelo que conheço do assunto devo dizer que este centro em questão era muito “soft”, baseando o seu programa em orações e reflexões, em contraste com outros que existem que usam terapias com choques eléctricos e outras formas de tortura para expulsar o “mal gay” de dentro das pessoas… Não, não é coisa do passado, estes centros existem mesmo e há várias publicidades espalhadas pela Internet. Já vários estudos comprovaram a ineficácia dos procedimentos e salientam que não existe “cura” para algo que nem sequer é uma doença, contudo o desespero de muitos continua a conduzi-los para estes locais onde não encontram nada mais do que sofrimento psicológico e constantes conflitos internos que foram amplamente explorados neste filme.
Chad Allen é um actor cujo trabalho descobri recentemente em vários filmes e o seu profissionalismo em muito me agradou. Neste filme, interpreta Mark, um toxicodependente que levava uma vida de irresponsabilidade até a altura que uma overdose leva o irmão e a mãe a envia-lo para um destes centros. Sem outro lugar para onde ir, Mark aceita permanecer na instituição e vemos o desenvolvimento dele, o final deixo para vocês descobrirem...
Curiosamente a cena de intimidade inicial do filme é divida com Jeremy Glazer, também um conceituado actor e namorado de Chad Allen há alguns anos. Robert Gant e Judith Light são os actores principais que contracenam com Chad Allen e amigos pessoais do casal na vida real. Na "vida real" os 4 actores são activistas importantes em diversas causas e instituições pelos direitos das minorias, pela igualdade de género, pela luta contra a SIDA, pelo problema do envelhecimento na comunidade gay na inexistência de descendência e de cuidadores familiares (SAGE).





“Atonement” (Expiação????) em português é um filme de 2007 que me foi recomendado pelo Rafeiro Perfumado e que de facto adorei. Conta com a participação de Keira Knightley e James McAvoy nos principais papeis e acompanhamos a história de uma jovem adolescente cuja imaginação fértil e o ciúme a levam a acusar o namorado da irmã de um crime que não cometeu. O resultado prova ser catastrófico e irá desencadear repercussões irremediáveis na vida do casal e das famílias de ambos. Um filme brilhante com um dos fins mais surpreendentes de sempre. Não o vou contar mas acreditem que quando virem não vão acreditar…





"The Laramie Project" é um filme em tom de documentário que reproduz um resumo das mais de 400 horas de entrevista e do julgamento sobre o assassinato de Matthew Shepard. Matthew era um jovem estudante universitário de 21 anos com cerca de 1.60 e 46kg e que foi assassinado por dois outros jovens bem constituídos que alegaram em tribunal que entraram em pânico quando souberam que Matthew era gay e tiveram medo que este tentasse alguma coisa com eles…
Devido a esse “medo” Matthew foi espancado, torturado, e amarrado a uma cerca onde foi abandonado durante mais de um dia enquanto se esvaía em sangue até que um ciclista e uma polícia o encontram, já tarde de mais. Ambos referem que o rapaz estava em estado irreconhecível e que os únicos locais da cara que não estavam cobertos de sangue eram dois finos carreiros por onde as lágrimas tinham corrido…
Este é considerado um dos mais chocantes crimes de ódio dos EUA e foi o responsável pela alteração e criação de leis relativas aos crimes de ódio com o intuito de defender as minorias. Existem diversas instituições de apoio a vítimas de discriminação que se baptizaram com o nome do jovem como forma de homenagem.
O filme é particularmente impressionante pelo discurso dos pais de Matt e pelo discurso de vários habitantes de Laramie, sendo que muitos desculpabilizavam os agressores, culpando Matthew e mesmo alegando que o jovem teve aquilo que merecia pois: "o lugar dos paneleiros é no Inferno…"
O filme conta com a participação de vários actores conhecidos como Laura Linney, Ben Foster, Clea DuVall, Jeremy Davies, Nestor Carbonell e Michael Emerson. Os três últimos coincidentemente voltaram a trabalhar juntos na conhecida série “Lost”.

Por fim deixo um diálogo do filme que nos deixa uma reflexão interessante:

“Então que peça eles vão fazer na escola este ano?”
"Deixa eu ver, 'Angels in America'."
"Espera. Angels in America? Não é aquela peça com aquela cena? Então e vais fazer o teste para participar?"
"Sim, eu vou."
"Mas tu sabes, homossexualidade é pecado. Homossexualidade é pecado."
Mas a melhor coisa que eu sabia que tinha para eles era que eles tinham acabado de me ver pouco antes, no palco em Macbeth. Eu mato uma criança e Lady MacDuff e dois tipos, certo?
Eu, tipo... "Mãe, mãe, eu acabei de interpretar um assassino hoje à noite e tu não viste nenhum problema nisso...”



domingo, 9 de janeiro de 2011

Warpath

James Proudstar é um Índio Nativo-americano irmão do falecido X-Men Thunderbird e chegou mesmo a utilizar o antigo nome do irmão por uns tempos. Warpah é um dos X-Men mais agressivos e ao contrário da grande maioria dos colegas, não hesita em matar os seus inimigos, o que entra frequentemente em conflito com os ideais da equipa.
No inicio, James culpava o Professor Xavier e os X-Men pela morte do irmão e como tal tornou-se um membro dos originais Hellions, a equipa de jovens mutantes vilões de Emma Frost. Junto dos Hellions, James lutou diversas vezes contra os X-Men e contra os estudantes mais novos do Xavier, os New Mutants. Contudo, a verdade começou a vir ao de cima e na altura em que tinha o Professor Xavier à sua mercê, James não conseguiu assassina-lo a sangue frio regressando para junto da sua tribo.
Pouco tempo depois, toda a tribo índia foi assassinada assim com a grande maioria dos seus antigos amigos e companheiros, os Hellions. Procurando respostas, Warpah acabou por se juntar aos X-Men onde mais tarde teve oportunidade de se vingar dos responsáveis pela morte da sua família. Apesar de estar associado aos X-Men há vários anos, James só aparece na equipa principal dos X-Men muito raramente. Começou por se juntar aos New Mutants e mais recentemente era membro da X-Force a equipa mais agressiva dos X-Men usada para lidar com determinados inimigos de forma permanente…
Warpath iniciou também uma relação com a colega de equipa, a alienígena Hepzibah, embora os dois tenham sido afastados por várias circunstâncias.
Poderes: Este mutante tem exactamente os mesmos poderes que o irmão mas num nível bastante superior. Assim sendo, Warpath apresenta sentidos mais desenvolvidos, maior força, resistência física, velocidade e agilidade do que qualquer humano normal poderia alcançar. É também especialista no uso e arremesso de facas e punhais. Este personagem não aparece em nenhuma das adaptações ao cinema até ao momento. Pessoalmente, gosto mais do que gostava do irmão dele embora não esteja nem próximo de ser dos meus personagens preferidos.

sábado, 8 de janeiro de 2011

"Coisa"

Hoje tive a frequência mais importante do ano, sim ao SÁBADO. Já desde o secundário que não fazia uma directa para estudar, mas como esta semana foi terrível e eu só tinha aquele tempo para estudar uma grande quantidade de matéria, teve de ser. Munido de um Red Bull e três cafés bem fortes, lá fiquei noite fora…
Depois da frequência estávamos numa sala a discutir as respostas do teste quando sem saber porque motivo, começou-se a falar na morte do Carlos Castro. Nessa altura, uma mastronça do Mestrado de Psicologia da Justiça salta de um qualquer buraco obscuro e estabelece-se o seguinte diálogo:

Mastronça: Isto aconteceu também porque ele era “Coisa”.
Eu: …define “Coisa”
Mastronça: Era “Coisa” tás a ver? Tu sabes…
Eu: Não estou a entender…
Mastronça: Era “Coisa” (acompanhando a palavra com um gesto estereotipado). Era gay pronto. Sou preconceituosa, não posso ser preconceituosa??
Eu: Podes, só estou a dizer isto porque de facto já me chamaram muitos nomes, mas “Coisa” foi a primeira vez…
Mastronça com ar aparvalhado e engasgando-se enquanto falava: Quer dizer, maneira de dizer, não sou preconceituosa, até tenho amigos homossexuais. Não fiques chateado comigo, era forma de falar… Estava a dizer isto porque acho que é mesmo coisa de homossexual levar assim alguém que se calhar mal se conhece para o quarto de hotel…
Eu: Não acho que isso tenha nada a ver com a orientação sexual…
Mastronça: Ai desculpa mas eu acho que tem…
Eu: Não, quantos homens heterossexuais não levam prostitutas ou mesmo uma mulher que tenham acabado de conhecer para um hotel? Não tem nada a ver, mas como tu mesmo disseste “ÉS PRECONCEITUOSA”

A verdade é que depois desta noite, da frequência e da quantidade de cafeína no meu sistema, tinha o meu ressabiamento a pique… Mas independentemente disso, o que é que esta pobre criatura andou a fazer estes anos todos no curso de psicologia. Depois dos professores incutirem constantemente que devemos ser profissionais, evitar juízos de valor e respeitar a diferença… Peço desculpa mas, acho que aquela "cérebro de pássaro" que ainda por cima se gaba de copiar tudo nas frequências, não devia estar neste curso… Com esta forma de pensar, o que é que ela faz quando lhe aparece um “Coisa” à frente no consultório?? Juro que fico indignado e preocupado…
Cada dia concordo mais com as pessoas que dizem que para este curso deveriam existir uma série de pré-requisitos…

Agora vou descansar um bocado que tenho o brain em papa…

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um trabalho

Foi a primeira vez que um professor nos pediu um pequeno trabalho com carácter pessoal. Como esta reflexão até me deu algum gosto, decidi partilha-la:

Vivemos actualmente numa sociedade quantitativa. A qualidade dos seus membros passa a ser classificada de acordo com números e notas que, raramente ou mesmo nunca, traduzem as potencialidades e capacidades individuais. Por estas razões, torna-se fulcral uma análise reflexiva da nossa evolução, dos nossos objectivos e mesmo das nossas capacidades interiores para não cairmos na tendência de nos auto-rotularmos com aqueles mesmos números ou categorias que a sociedade nos tenta impor.
De facto, desde que iniciou a minha formação em psicologia que verifico um sem número de grandes e pequenas alterações na minha pessoa. Verifico-o, muito pela dificuldade que me surgiu na elaboração deste trabalho. Não por não me conhecer, pois acredito que na verdade me conheço até bem de mais na minha vertente pessoal. Contudo, ao longo de toda a minha vida universitária foram-me pedidos trabalhos extremamente objectivos, onde era suposto excluir por completo a minha idiossincrasia, efectuando-os como se eu fosse um ser mecânico, um cientista. Claro que concordo plenamente com esses procedimentos indispensáveis a um bom investigador, independentemente da sua área. Limito-me apenas a apontar a grande e possivelmente única dificuldade que me surgiu durante a elaboração deste trabalho.
Na verdade, sinto que a minha evolução ao longo destes anos foi de tal magnitude que dificilmente consigo comparar-me com o meu “eu” anterior à faculdade. Lembro-me no entanto de me sentir, nos primeiros dias de caloiro, completamente fora da minha “zona de conforto”. Rapidamente todas as minhas expectativas caíram por terra, superadas por algo com dimensões muito maiores do que aquilo que eu imaginava. Afinal, para ser-se psicólogo não bastava dar-se meia dúzia de conselhos baseados numas quaisquer teorias. Não, vim a apreender ao longo destes anos que era algo desmesuradamente mais complexo. Era algo que constantemente punha os nossos valores à prova alterando-os em muitas situações. Era algo com uma ética rigidamente necessária, algo trabalhoso que implicava a assimilação de uma quantidade enorme de conhecimentos, que nos empunha maturidade, algum sacrifício e respeito pelas pessoas e pelas diferenças. Mesmo na vida pessoal, a forma de estar e de reagir foi alterada. Verifico um discurso mais rico, mais elaborado. Um raciocínio com tendência a recorrer sempre à lógica, à razão e à ciência. Uma maior auto-confiança e uma imunidade a falar em público, fruto de dezenas de apresentações e defesas de trabalhos. Verifico até uma tendência dos amigos antigos para recorrerem a mim com perguntas mais sensíveis, admitindo muitas vezes terem um “medo” infundado de eu os analisar por uma vertente profissional ou de invadir a sua privacidade como se tivesse subitamente desenvolvido poderes telepáticos. Mesmo a forma de escrever e os temas de interesse se alteraram. Constato este facto facilmente se recorrer a um “blog” pessoal que mantenho há alguns anos e que traduz uma enorme evolução neste campo desde a sua criação até à actualidade. Importa também referir o grupo extremamente forte de amigos que se formou desde o primeiro ano, que se tem mantido unido facultando sempre entreajuda, apoio, conhecimento, novas experiencias e também o divertimento indispensável a uma vida saudável, ultrapassando em muito os limites da vida na faculdade. Deste modo, é também fácil de compreender que os colegas e professores tiveram um papel de destaque na minha formação pautando-a com momentos marcantes e enriquecedores que sem dúvida serão indispensáveis no futuro.
No entanto, apesar de toda a evolução e de todas as pequenas realizações que alcancei até ao momento, continuo a sentir que ainda existe um longo caminho pela frente, continuo a questionar-me se serei um bom profissional e o quanto ainda posso melhorar. Colocar-me-ia no estatuto de Achievers segundo os estádios de J. Marcia. Tenho as perguntas, e as ferramentas para continuar a minha evolução e é nisso que tenho investido. Existem ainda vários obstáculos que espero ultrapassar durante a minha jornada profissional na área da psicologia. Nomeadamente os meus próprios defeitos, a minha postura demasiadamente relaxada, a minha falta de pontualidade, a preguiça de trabalhar mais, de me esforçar mais, de ser mais… De resto, não temo desafios, não tenho medo de arriscar e de ser posto fora da minha “zona de segurança” e se recorresse ao estudo de William Perry sobre o desenvolvimento ético e intelectual dos estudantes universitários não teria dúvidas em referir que já alcancei uma posição de Investimento/Compromisso. Sinto-me plenamente preparado para seguir esta jornada com capacidade para aceitar várias ideologias alternativas mas investindo nos meus próprios objectivos na busca de uma conduta exemplar, de um contributo para a sociedade e para o conhecimento científico e da realização pessoal e profissional. Mantenho porém, a noção da realidade e sei que o “fantasma” do desemprego e do insucesso paira sobre todos nós. Além de mais, seria extremamente ingénuo se dissesse que não é algo que me deixa ligeiramente apreensivo. Contudo, o mundo é um lugar extremamente grande e não me sinto estritamente preso às fronteiras nacionais. Uma das certezas que eu tenho, é que existem muitos locais com necessidades de formação e de acompanhamento, com necessidade de um psicólogo. É algo que sem dúvida espero poder efectuar ao longo do meu futuro.
É também muito gratificante verificar que este mestrado me está a possibilitar novas e aliciantes perspectivas, impondo-me objectivos desafiantes mas possíveis de alcançar. Inicialmente tive alguma dificuldade em escolher qual a área na qual me queria especializar. Estava extremamente indeciso entre o Mestrado em Psicologia da Justiça e o Mestrado em Psicologia Clínica e Saúde. Por fim, acabei por optar pelo segundo na medida em que considero ser uma área mais abrangente além de extremamente interessante e socialmente útil. Sentia que o Mestrado de Justiça me limitava muito, principalmente se quisesse exercer fora do país. Todavia, a psicologia como ciência que é, não é estanque. Está em constante evolução, crescimento e descoberta sendo imprescindível que eu me mantenha actualizado e acompanhe atentamente o seu desenvolvimento. Assim sendo, consciente de que serei sempre um estudante da área, certamente que mais tarde terei possibilidade de enveredar por outros âmbitos da psicologia incluindo a sua vertente judicial.
Quanto ao Mestrado de Psicologia Clínica e da Saúde, embora na minha opinião apresente algumas fragilidades em questões de organização, está sem dúvida a ser indispensável para consolidar e adquirir informação, para compreender várias novas perspectivas válidas na psicologia, para enriquecer cada dia mais a minha formação e para me fornecer os dados fundamentais que utilizarei para tomar as minhas decisões. Como tal, acredito que este mestrado me ajudou a desenvolver um Raciocínio Reflexivo segundo os modelos de Kitchener e King acreditando que apesar de não existirem certezas universais, o conhecimento pode ser construído de forma gradual com a participação activa do Ser Humano.
Por fim, convém referir que estou extremamente satisfeito com o estado desenvolvimental em que me encontro ambicionando alcançar muitos mais objectivos. Importa também auxiliar na destruição de vários mitos ligados à psicologia. Tais como quaisquer ligações ao sobrenatural, e as ideias de que a psicologia é algo de secundário e pouco necessário ou útil. Na verdade, como ciência que estuda o comportamento, a psicologia é frequentemente a chave para se compreender, explicar, prever e alterar comportamentos ou alcançar determinados objectivos e estados psicológicos mais saudáveis e adaptados. Por outro lado, a noção de que “a psicologia não faz mal a ninguém” é algo também extremamente falacioso. Como na grande maioria das profissões, o “saber fazer” é indispensável. Muitas vezes, uma palavra, um comportamento, ou mesmo um gesto podem direccionar o rumo de vida de uma pessoa a consequências devastadoras. Há que ter sempre em consideração que muitas das pessoas que procuram um psicólogo encontram-se em estados emocionais mais fragilizados e que a consulta psicológica irá exercer grande poder sobre a vida dessa pessoa. Assim sendo, continuo a minha aprendizagem e evolução incessantemente, tendo sempre em mente as palavras de Peter Parker, um dos meus super-heróis de infância, adolescência e adultez: “With Great Power Comes Great Responsibility”.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Discussão dos Resultados

Como sabem no ano passado decidi fazer uma pequena sondagem para verificar a opinião geral sobre o meu blog. O tempo da votação terminou e vou fazer uma pequena análise dos resultados.

1º sendo que na grande maioria dos blogs existem atalhos para outros blogs, não é de estranhar que 62% dos que por aqui passam sejam o resultado da minha visita no blog deles ou de terem seguido o atalho de outros blogs até aqui.



Depois, é muito gratificante verificar que 53% da amostra considera o meu blog “Muito Bom”. Quanto aos 11% que consideram o meu blog “O Melhor do Mundo”, fico muito agradecido embora pense que deve ser certamente o único que conhecem ehhehe.
Por fim, devo dizer que o meu ego subiu imenso quando verifiquei que 7% consideram o conteúdo geral “Extremamente Desinteressante”. É que só alguém com uma enorme admiração e fascínio pela minha pessoa é que seria capaz de ler e acompanhar algo que consideram a baixo de medíocre ehehhehehe.



Relativamente aos temas que mais gostam de ver abordados, os participantes demonstraram que de facto existem gostos para tudo. Embora seja importante salientar que os mais apreciados são “pensamento/ pessoal”(68%) e “Viagens” (16%). Quem gosta principalmente deste último ficará contente por saber irá ter bastantes posts relacionados num futuro breve.



Por outro lado, embora também haja votos em todas as categorias, os temas menos apreciados são “Comic Books – X-Men” (30%) e “Anime – Yaoi” (26%). Não me surpreendeu, de facto sendo gostos pessoais tão específicos é de todo natural que a grande maioria das pessoas não conheça e não se interesse tanto. De qualquer forma, é sempre cultura geral e certamente se não fosse eu, não saberiam sequer que existiam alguns dos conteúdos que abordo nestas categorias.

Neste campo é que fiquei de facto surpreendido. Apesar da maioria (29%) indicar que não lê os posts dos X-Men, eu esperava aqui um número maioritário mas muito maior. Mais uma vez, não espero que quem não se interessa por esta temática leia alguns dos meus testamentos sobre a mesma. De qualquer forma, mesmo estes já ficaram certamente com uma ideia, pelas imagens de quem são os X-Men.
Dos restantes, confesso que fiquei muito feliz por verificar que 25% se dá ao trabalho de ler e que outros 25% consideram excelentes e interessantes as biografias destes personagens que me acompanham ao longo dos anos.

Relativamente a este campo, eu tenho noção de que por vezes os meus posts são longos. Contudo não consigo por vezes explicar e falar sobre certos temas de forma mais reduzia. De qualquer modo, a grande maioria da amostra (68%) considera que o tamanho é o necessário.



O último item questionava os participantes se já me conheciam pessoalmente. Tirando um outlier fiquei contente por verificar que uma grande parcela da amostra (29%) já me conhece sendo que a grande maioria são pessoas que conheci precisamente devido aos blogs.
Existem ainda 66% que não me conhecem pessoalmente mas têm curiosidade tal como eu também tenho. Certamente um dia haverá a possibilidade de nos encontrarmos.

Para terminar, muito obrigado a todos e a todas pelo tempo que dispuseram para votar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um filme por dia nem sabe o bem que lhe fazia

Este ano, o primeiro post vai ser dedicado à sétima arte dado que tenho tentado ver pelo menos um filme por dia. Tenho tentado também dar uma espreitadela pelo que tem sido feito ao longo dos anos na cinematografia gay e no meio de muita coisa sem interesse encontrei dois filmes que não sendo excelentes, são bastante bons.

“Beautiful Thing” de 1996 é um filme extremamente fiel ao que a maioria dos adolescentes vive durante a descoberta da sua orientação sexual. Tenho a certeza que muitos conseguirão ver algumas das suas experiências reflectidas neste filme.




“Mulligans” é um filme de 2008. Tyler, um jovem universitário muito popular entre as raparigas convida o seu melhor amigo, Chase, para passar as férias de Verão com a sua família. Durante as férias os dois rapazes passam imenso tempo juntos e Chase acaba por confessar a Tyler que é gay. Como se a situação já não fosse suficiente para afastar os dois amigos, várias circunstâncias ao longo do filme acabam por levar Chase a envolver-se com o pai de Tyler…


Pode parecer coisa de filme mas na verdade passa-se o oposto. Felizmente ou Infelizmente conheço pessoalmente diversos casos de homens e mulheres que após vários anos num casamento heterossexual acabaram por sentir a necessidade de “descer do palco e viver a realidade…” como me disse uma dessas pessoas.




Os seguintes dois filmes além de serem italianos foram-me ambos recomendados aqui no blog pelo paulofski e como os achei simplesmente fantásticos, tenho de os referir aqui.

“La Vita é Bella” de 1997 é um daqueles clássicos que sempre me tinham dito que era obrigatório ver e agora compreendo porquê. O filme conta-nos a comovente história de um homem judeu com um enorme sentido de humor e persistência que usa toda a sua inteligência para fazer o seu pequeno filho acreditar que tudo o que estão a passar no campo de concentração Nazi não passa de um mero jogo…




“Nuovo Cinema Paradiso” de 1989 é na minha perspectiva o melhor dos que abordei aqui. Confesso a minha ignorância de não saber quase nada deste filme até o ver e de o ter feito com baixas expectativas. Quão errado estava…
Nuovo Cinema Paradiso acompanha a vida de Toto um pequeno rapaz com enorme gosto pelo cinema e que encontra em Alfredo, o projeccionista analfabeto da aldeia, um amigo, um pai e um mentor para a vida… Na verdade, Alfredo acaba por ser o principal responsável pela direcção que a vida de Totó tomou na adolescência e na adultez.
O filme tem duas versões, uma mais curta e uma mais extensa. Aconselho vivamente a reservarem um tempo livre e a verem a versão mais extensa, que tem quase 3 horas, mas que faz a história ter um significado completamente diferente, não sei como foram capazes de cortar uma das cenas que considero das mais importantes. Recomendo também que se façam acompanhar por uma grande embalagem de lenços de papel, vão precisar eheheh.