Em homenagem ao blog do Theo, hoje vou eu falar de aviões. Mais especificamente na minha experiencia com a melhor companhia aérea de sempre, a Alitalia. Como devem calcular para o Brasil não existem Low Costs mas de qualquer forma encontrei uma viagem significativamente mais barata que partia de Roma. Apanhei a TAP para Roma tendo a viagem corrido bem como é costume na companhia. Chegando a Roma inicia-se a saga!!!
Primeio o monstruoso aeroporto é pobre em informações e depois a parte dos voos intercontinentais estava completamente às moscas. Não havia nem uma alminha à disposição de dar informações. Quando finalmente encontrei a portão de embarque certo sentei-me à espera da hora de embarcar nuns bancos perto do portão. Um pouco antes da hora, surgiu uma badalhoca que trabalhava para a companhia e que pediu aos passageiros para se levantarem e abandonarem a área com o objectivo de verificar os bilhetes e entrarem no avião. As pessoas começaram a recolher os seus pertences e a levantarem-se enquanto outras, que não tinham ouvido ou não entendiam inglês, comentavam entre si sobre o que era para fazer. Quando a mobilização dos passageiros começou a ser demasiado demorada para os olhos da badalhoca, a gaja passa-se e começa literalmente a berrar para as pessoas se porem em fila e a gesticular. Juro que por momentos pensei que ia entrar num campo de concentração ao invés de num avião.
Já durante a viagem, compreendi que aquelas hospedeiras não eram dadas a simpatia. A certa altura, estava-se a distribuir o almoço com aqueles carrinhos típicos, pelos corredores, quando uma senhora com uma menina pequenina tenta ir à casa de banho. A hospedeira diz que a senhora não pode passar porque não há espaço por causa do carrinho e para a senhora esperar. Por sua vez, a senhora explica que a menina diz que está aflita e que precisa de ir mas a hospedeira permanece intransigente iniciando uma discussão até que a menina começa a chorar. Foi nesta altura que alguns passageiros disseram “Basta” e basicamente disseram à hospedeira para voltar com o carro para trás e deixar a menina passar… Surreal…
Depois das magníficas férias com o Theo, eu já vinha ressabiado por estar a vir embora e ainda tive que levar com mais dramas desta companhia. Eu e o Theo partimos de Porto Alegre para S.Paulo onde eu iria ter o meu voo e onde o Theo ia visitar o pai. Íamos numa companhia aérea brasileira chamada TAM. Contudo, azar dos azares, estava mau tempo e o nosso avião não podia aterrar, como resultado ficamos imenso tempo a voar em círculos sobre a cidade com uma turbulência inimaginável.
Quando finalmente aterrou, corremos para apanhar as malas e para eu poder fazer o Check-in na Alitalia. Chegamos uns minutos atrasados… É que os meninos acham por bem fechar o Check-in com uma hora de antecedência…
Na mesma situação que nós estava um rapaz italiano já completamente desesperado pois não encontrava ninguém que falasse inglês. O rapaz, que era militar, tinha uma comparência obrigatória ao serviço no dia seguinte...
Nada feito, basicamente a culpa era nossa por termos chegado atrasados, mas após algum escândalo e muito tempo, a TAM passou-nos uma carta a dizer que realmente se tinham atrasado e a Alitalia arranjou-nos viagem para o dia seguinte. Informaram-nos logo que não iam dar hotel a ninguém até porque não era culpa deles o estado climático…
Importa também referir que durante todo o tempo que demoramos a resolver o nosso problema, o avião onde queríamos entrar permanecia pousado devido ao mau tempo… enfim…
De minha parte tudo bem, voltei a casa do pai do Theo e ainda passei mais um dia com ele. ;) Para o italiano menos bem, segundo soube no dia seguinte, tinha estourado o dinheiro todo nas férias e como tal teve de passar mais de 24 horas sozinho no aeroporto com as malas, sem saber se quando voltaria ainda teria emprego.
O pai do Theo levou-me ao aeroporto e cheguei bastante antes da hora. Contudo, já havia fila para o Check-in mas como o rapaz italiano, que se chama Dário, me chamou acabei por ficar ao pé dele e fui atendido logo que o check-in abriu. Depois disso, ainda faltavam umas três horas para o avião partir e como o Dário era um italiano muito sociável, esteve a contar-me detalhadamente sobre todas as mulheres brasileiras com que tinha ido para a cama durante aquelas férias sendo que seguidamente me mostrou as prendas que comprou para a namorada que o aguardava em Itália…
Durante a viagem, mais dramas. O acento do passageiro à frente do Dário estava meio avariado, como tal, quando o passageiro inclinava o banco este ficava significativamente mais tombado que os restantes o que de facto era desconfortável para quem ia atrás. O Dário e o passageiro que ia à frente começaram a discutir em italiano e como tal não compreendi o que diziam. Contudo, a certa altura já estavam os dois de pé a berrar e quase a agarrar os colarinhos um do outro e tive de intervir. Sim porque, apesar da escandaleira, ninguém da companhia se disponibilizou a ir lá ver o que se passava, bem que se podiam matar que eles queriam lá saber. Resultado, acabei por conseguir acalmar os ânimos, e mais tarde, a meio da viagem troquei de lugar com o Dário.
Quando chegamos a Roma despedimo-nos, ele ia correr para o trabalho para tentar resolver as coisas e eu ia visitar a cidade. Deu-me algumas dicas e o contacto para se eu precisasse de algo. Soube mais tarde pelo Messenger que apesar de não ter perdido o emprego, a namorada não se rendeu às prendas levadas eheh.
8 comentários:
Quase nunca leio histórias ou vejo filmes que metam aviões, pois já me basta o medo que tenho de andar neles. Assim evito de me lembrar de todas essas histórias, algumas aterradoras, quando eventualmente voltar a andar... :)))
Neste caso, o teu texto lê-se lindamente, até porque trata mais da incompetência de funcionários. Nem imaginava que houvesse funcionários tão mentecaptos e que se mantêm em funções!
Ainda bem que o moço manteve o emprego. Sim, porque a namorada devia saber bem a prenda que tinha e pelo vistos ele não tem dificuldade em encontrá-las... :)
Beijocas!
Adorei o comentário da Teté, mas ao contrário dela dou um dedo pra entrar num avião :P
Realmente foi uma saga e tanto e até agora não houve nenhuma resposta as nossas reclamações, por eles fazerem parte de um conjunto de companhias chamada SkyTeam, o time deveria ter se reunido e dado jeito vos colocando num voo de uma companhia parceira, como por exemplo Air France ou KLM e de Paris ou Amsterdão ia cada um para o seu destino, era o mínimo que se espera como ocorre com a StarAlliance ao menos já sabemos que com estes por mais barato que sejam não podemos contar, fiquemos com a TAP que apesar dos pesares ainda nos serve muito bem e agora ainda melhor com voos directos de Porto Alegre para Lisboa, continuo a não ir directo ao Porto mas já é muito mais fácil ir de Lisboa ao Porto do que de Porto Alegre a São Paulo. E falando de aviões já anda enorme esse comentário, começo a falar e não paro mais :P
Ai, ai o mocito italiano...
Olha, eu não tenho pena nenhuma dele, lol. É um velhaco,é o que é! - como se diz na minha terra.
Mas que episódio... lol.
Beijinhos
Ando a meio de uma guerra com a Air Europa, mas nem quero falar disso. Quanto ao que referiste, espero bem que nenhuma hospedeira ou outro funcionário qualquer me berre, ou sou capaz de lhe ferrar o dente. Especialmente à hospedeira, ainda mais italiana! ;)
Abraço!
Nunca viajei na Alitália e embora já tivesse estado em Roma, fui de carro e não conheço o aeroporto.
Vou conhecê-lo agora, mas vou na Easy Jet e já fico avisado que é um aeroporto complicado; tenho que apanhar ligação para Belgrado no mesmo dia, mas vá lá, o tempo sobeja, mesmo se encontrar situações difíceis.
Teté: Eu não tenho medo, até gosto de ver a paisagem lá de cima, mas aborreço-me logo. Toda aquela burocracia no aeroporto deixa-me louco e depois o barulho característico dos motores dá-me sono. Há vezes que o avião e ainda nem levantou e eu já estou a dormir.
Pelo que ele me disse ela nunca achou muita piada ele vir sozinho de férias para o Brasil ehehhe. Porque será?? :p
Theo: Sim a TAP é que é boa. Alitalia nunca mais… Eles podiam ter feito mil e uma coisas para ajudar, inclusive deixar-nos entrar no avião…
DE resto por mim tudo bem, eu gosto de comentários longos mesmo :)
KarenB: Eu também relativamente à namorada não tenho grande pena ehehhe.
Rafeiro: Eu estava era com vontade de lhe arrancar os dentes ao soco a certa altura eheh…
Pinguim: Eu até gosto da Easy Jet, acho que fazem bem o seu trabalho e sem incomodar os passageiros. A parte europeia até estava bem sinalizada, só parte dos voos intercontinentais é que não…
Cumprimentos a todos.
Grande aventura aérea! Isso dá quase uma saga.
Apesar de não ter medo de andar de avião não é, de facto, o meu meio de transporte favorito. O tempo que se perde pelo aeroporto é algo surreal e todas as complicações com bagagem e afins! Bem, prefiro outros transportes. Mas claro que o avião é o único viável numa imensidade de situações.
Quanto ao comportamento do pessoal da Alitalia, a única classificação possível é miserável! As companhias querem reduzir custos para serem viáveis e, no final, ficam a perder na qualidade e perdem clientes! Enfim!
Quanto ao rapaz italiano, no final teve provavelmente o que merecia. A namorada deixou-o e fez bem! LOL
Abraço,
Ikki
Ikki: Concordo com tudo o que disseste eu também acho um tédio, felizmente consigo adormecer quase logo que entro. Já o Theo adora, não quer outra coisa ehehhe. Abraços.
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