Hoje as minhas kengas alertaram-me para uma reportagem que iria passar na Tvi sobre filhos que contam aos pais que são homossexuais, e de facto, à hora do jantar estávamos todos num certo silêncio a assistir.
Não encontrei maneira de colocar a reportagem no blog mas podem assistir aqui.
A certa altura o meu irmão pediu para o levarem ao futebol e como tal o meu pai, que quando se refere ao Teo diz: “O Teu Amigo Torre dos Clérigos” saiu.
No final, a minha imrã perguntou num certo tom jocoso:
“Então mãe, que fazias se eu chegasse a casa e dissesse que era lésbica.”
Ao que a minha mãe respondeu no mesmo tom:
“Olha que é que eu havia de fazer. Se eu sabia também me juntava a uma mulher que assim éramos duas a arrumar a casa.”
De minha parte limitei-me um azedo: “ Claro que sim…” recordando este episódio.
Deixo também uma reportagem que passou no Brasil sobre o mesmo tema se bem que abrangendo também a transexualidade que tem tendência a agregar-se ao tema da homossexualidad embora tenha muito poucos pontos em comum. Mas noutro post falarei disso.
Não encontrei maneira de colocar a reportagem no blog mas podem assistir aqui.
A certa altura o meu irmão pediu para o levarem ao futebol e como tal o meu pai, que quando se refere ao Teo diz: “O Teu Amigo Torre dos Clérigos” saiu.
No final, a minha imrã perguntou num certo tom jocoso:
“Então mãe, que fazias se eu chegasse a casa e dissesse que era lésbica.”
Ao que a minha mãe respondeu no mesmo tom:
“Olha que é que eu havia de fazer. Se eu sabia também me juntava a uma mulher que assim éramos duas a arrumar a casa.”
De minha parte limitei-me um azedo: “ Claro que sim…” recordando este episódio.
Deixo também uma reportagem que passou no Brasil sobre o mesmo tema se bem que abrangendo também a transexualidade que tem tendência a agregar-se ao tema da homossexualidad embora tenha muito poucos pontos em comum. Mas noutro post falarei disso.
8 comentários:
Dos temas abordados por ti acho que esse eh o mais periclitante, já exprimi meu sentimentos e o que pra mim mais prevalece eh o de que gostaria que todos estes homofóbicos que existem no mundo parecem um minuto e pensassem se esta é realmente uma escolha que fazemos, se escolhemos para nossas vidas este comportamento e tudo o preconceito que ele acarreta, não seria mais fácil então sermos hetero? seria muito mais cómodo para nós. Sinceramente eles pensam que nós escolhemos ser assim?? Enfim ao menos o assunto começa a ser mais falado que eh o que precisamos, falar, para desmitificar.
Já trocámos algumas (poucas) ideias sobre este tema, mas tenho de confessar que não posso imaginar sequer o drama que é não poder assumir aquilo que somos. Respeito a tua orientação (vês, aprendi) e espero que em breve possas assumi-la sem estar sujeito a juízos de valor, preconceitos ou outros problemas indignos de uma sociedade que se diz civilizada.
Um grande abraço, Psimento.
vi a reportagem e gostei muito.... fiquei com pena de algumas situações que por lá foram descritas pelos próprios! Como dizia aquela aluna (do brazil) a lei ficou assinada, mas o resto?
Pois é...
abc e fica bem ;)
Epá, este é um grande post, em vários sentidos! As reportagens são enormes e, de vez em quando, soluçam... Mas vi e li tudo, apesar dos ditos soluços.
Como hetero, e mesmo que não me considere preconceituosa, também me ia custar ouvir da boca do meu filho essa sua preferência. Por tudo: por ele e com medo que fosse discriminado e infeliz; por mim, que sabia que ia ser acusada de "não o ter sabido educar", como se fosse uma questão de educação (que sei que não é!); e pelas oportunidades que poderia perder, numa sociedade ainda muito preconceituosa.
Uma das frases que mais me tocou foi a da mãe, que dizia quando o filho saiu do armário, ela entrou! Embora discorde que seja uma questão de vergonha, mais a sensação de rejeição por parte de alguns familiares mais conservadores, alguns até a acreditar que é uma doença que se cura...
Mas mãe e pai que amam os seus filhos, mais cedo ou mais tarde acabam por aceitar! Portanto, é uma questão de paciência e de compreensão, de parte a parte...
Beijocas e fica bem! :)
Como disse noutro blog, foi muito importante essa reportagem, na TVI e em horário nobre; no entanto há algumas limitações na reportagem que limita os casos e nalguns se alonga demasiado e repetidamente.
Mas é um avanço mostrar à população portuguesa que não é fácil um homossexual ou uma lésbica assumirem-se como tal no nosso país.
Se há famílias que aceitam com normalidade, elas são minoritárias, sendo a grande maioria apenas uma "aceitação" a longo prazo (há que ter paciência, nestes casos), ou então uma total rejeição, o que é péssimo, pois todos nós precisamos da família.
Do telelé onde estou a espreitar os blogues, e enquanto degiro as sardinhas, não dá para ver os vídeos e como nem sequer vi a reportagem talvez seja um comentário fora do contexto, no entanto é minha opinião que a chamada orientação sexual de cada um deve ser vestida com naturalidade. Sei que assim não é na realidade mas os tempos e as mentalidades vão mudando e lentamente consciencializando-se. Bom São João.
Eu gostei e desgostei da reportagem, como dizer, achei as imagens, o poema, enfim tudo muito bem escolhido, mas ao mesmo tempo o tom lamecha pelo qual somos constantemente bombardeados já me começa a fazer impressão.
Acho que já não é tempo de chorar pela idiotice dos outros, mas é sim tempos de dar uns bons socos na cara. Já não sou o miudo com quem gozavam quando era novo, e já não sou uma vitima, deve ser por isso.
Abraço
gostei muito da reportagem brasileira... até mais do que da portuguesa. muito bom!
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